quarta-feira, 6 de maio de 2015

Uma perda inestimável



Quando um espaço cultural se vai, independente das razões, não há dúvida quanto ao fato de que trata-se de  uma ”perda inestimável”. A frase já se transformou em jargão, inclusive. Toda uma história construída por artistas, público, técnicos, produtores e gestores fica para trás, existindo apenas na memória dos que vivenciaram aquela construção. Foi assim com os cinemas de rua em Belo  Horizonte, e hoje, praticamente, só restaram as salas em shopping centers. Outra lógica. Anos atrás a cidade perdia o Cine Teatro Metrópole. Como uma espécie de “compensação” foi construído o teatro Klauss Vianna que, por sua vez, será transformado no auditório do Tribunal de Justiça.  O teatro em questão, um dos mais bem equipados da cidade, atende manifestações culturais diversas, como dança, artes cênicas e música. Dessa forma, podemos perder mais um importante espaço de contato com o público (o agente mais importante de toda a equação), em um contexto no qual existem tão poucos.

Outra situação semelhante aconteceu em 2011, quando o Lapa Multshow, uma das mais tradicionais e importantes casas de show de Belo Horizonte, encerrava suas atividades. Tudo graças à especulação imobiliária. Lamentável. É muito importante que todos de mobilizem para o que o Klauss Vianna não seja lembrado como um “espaço a menos”, para a que sua história não se some à de tantos outros espaços públicos culturais que se perderam.
Entidades, grupos e artistas individuais têm se articulado em manifestações que, doravante, acontecerão todas as sextas-feiras, às 12h, em frente ao teatro. O objetivo é reunir o maior número de pessoas e sensibilizar o poder público da importância da continuidade desse espaço de produção, fruição e convívio. O respeito à memória cultural da cidade passa pela preservação dos seus bens culturais.
#SalveKlaussVianna


sexta-feira, 1 de maio de 2015

Pela Continuidade do Teatro Klauss Vianna


*Artistas em protesto contra o fechamento do teatro


Belo Horizonte está ameaçada de perder o Klauss Viana, um dos principais e mais bem equipados aparelhos culturais da cidade. O espaço que abriga espetáculos dos mais diversos, incluindo manifestações como dança, música e artes cênicas corre o risco de se transformar em um auditório do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, pondo a perder uma estrutura já adequada para receber todas essas propostas. Vale salientar que o TJMG vai ocupar todo o prédio onde funciona o Klaus Vianna, sendo que o auditório poderia ser construído sem danos ao teatro.

 A classe artística tem se mobilizado, mas a luta é de todos. Trata-se de um espaço público a menos voltado para as manifestações culturais. O fim do Klauss Vianna significará uma lamentável perda para os artistas, para o público, para a cidade. 30 de junho é a data, segundo o Tribunal de Justiça, da pretendida morte anunciada de mais um espaço para o fomento da cultura. “Um teatro pode ser um auditório e um auditório não pode ser um teatro” #VivaTeatroKlaussVianna